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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

Um dos maiores acontecimentos na História da Igreja:  



São Paulo
Plinio Maria Solimeo
“Sede meus imitadores como eu o sou de Cristo”
Quando Ananias, por ordem do Senhor, foi ver Saulo para restituir-lhe a vista, conferiu-lhe também os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem.
“Convertido, instruído, consagrado, regenerado pelas águas do Batismo, o ilustre neófito tinha tudo o que era necessário para tornar-se o instrumento de grandes desígnios: a difusão da Fé no mundo inteiro, tal é o programa cuja execução lhe foi confiada por seu novo mestre”. 
Entretanto, “a essa natureza ardente era necessário, antes de percorrer sem parar sua nova carreira apostólica, uma estadia na solidão. O deserto atrai as grandes almas. Saulo permaneceu três anos em retiro, dispondo-se pela oração, meditação, recolhimento e penitência a preencher a missão à qual Deus o chamava”.(1)
Arrebatado ao terceiro Céu, viu com os olhos da alma tudo o que Cristo havia padecido e obrado na Terra e os íntimos pensamentos, dores, afetos e desejos de seu amantíssimo Coração.
Acima de tudo, foi ele instruído diretamente pelo próprio Nosso Senhor, pelo que pôde afirmar: “O Evangelho que preguei não é coisa de homens; pois não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo”.
Depois de ter sido arrebatado aos céus, passou a viver somente em função da vida futura:
“Nossa conversação está no Céu, e minha vida é Cristo; e morrer por Ele é lucro para mim”, pois “vivo, mas não sou eu quem vive, é Cristo que vive
em mim”.
E transformou-se logo num dos maiores pregadores do Evangelho:
“Quem imitou mais a Jesus Cristo que o mesmo São Paulo, que se propõe como exemplo e nos exorta a que o imitemos porque é imitador de Cristo? Quem seguiu mais a Cristo crucificado que o mesmo São Paulo, que diz que estava crucificado com Cristo na cruz, e que toda sua glória era a cruz de Cristo?
E que não sabia outra coisa, senão a Cristo crucificado? Que em seu corpo trazia impressos os estigmas, sinais e chagas do Senhor Jesus Cristo, e dizia que todo seu gozo e triunfo era ver-se algemado e carregado de cadeias por Ele? Quem poderá, ainda que tenha língua de anjo, explicar as virtudes de São Paulo e o muito que Deus lhe deu nesta conversão?”.(2)
Levou o nome de Cristo por todas as nações da Terra!
Por isso, sua doutrina está excelentemente acima da de todos os demais, e seu espírito tão acima, que não encontra paralelo entre os homens.
Ele é “o lavrador que cultiva o campo da Igreja; ou o arquiteto, que a edifica; ou o médico, que a cura; ou o soldado, que a defende; ou o doutor, que a ensina; ou o pai, que a engendra; ou a ama, que lhe dá o peito e a cria com seu leite; ou o juiz severo, que repreende e castiga; ou a mãe piedosa, que afaga e regala; e não há estado na Igreja que nas epístolas de São Paulo não tenha seu particular ensinamento e doutrina”.
Por isso “a Santa Igreja diz que Deus ensinou todo o mundo por São Paulo, e o chama doutor das gentes, e por excelência o apóstolo; porque, entre todos os apóstolos, mais se esmerou, mais trabalhou e mais proveito fez com sua pregação e com as 14 epístolas que escreveu”.(3)
Parte da epopeia apostólica do Apóstolo dos Gentios pode ser lida nos Atos dos Apóstolos, em que se vê “no meio de tantos trabalhos São Paulo, sempre o mesmo, sempre mais e mais abrasado no amor de Jesus Cristo, sempre mais e mais zeloso de levar seu santo nome por todas as nações da terra!
Causa assombro considerar as cidades, as províncias, os reinos e os vastos domínios que percorreu este grande apóstolo, anunciando o Evangelho em todos eles”.(4)
Durante sua carreira apostólica, São Paulo foi flagelado, encadeado e lançado sete vezes na prisão; três vezes sofreu o naufrágio, e numa delas só se salvou agarrado a um destroço do navio durante um dia e uma noite.
Várias vezes teve que fugir perseguido pelos judeus, sofreu fome e sede por amor de Cristo.
Culminando sua prodigiosa vida pelo gládio, pôde afirmar: “Combati o bom combate, percorri a carreira inteira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele dia” (II Tim, 4, 7-8).
___________
Notas:
1. Les Petits Bollandistes, op. cit., tomo VII, p. 464-465.
2. Pedro de Ribadaneira, op. cit., p. 260.
3. Id. ib., p. 261.
4. Pe. José Leite, S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, tomo II, 1998, p. 325.
Outras obras consultadas:
– Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo I, 25 de janeiro.
– Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S. A., Saragoça, 1946, tomo I, 25 de janeiro.

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