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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

AS AVE-MARIAS, o poder delas.


Santo Afonso de Ligório
Pelo ano de 1604 viviam numa cidade de Flandres dois jovens estudantes, que, desleixando dos estudos, se entregavam a devassidões.
Uma noite entre outras foram a certa casa de tolerância. Um deles, chamado Ricardo, depois de algum tempo, retirou-se para casa, e o outro ficou.
Chegando Ricardo a casa, estava para acomodar-se, quando se lembrou que não havia rezado umas Ave-Marias, como era de seu costume fazê-lo em honra da Santíssima Virgem.
Acabrunhado pelo sono, sem nenhuma vontade para rezar, fez, contudo, um esforço e rezou as Ave-Marias, embora sem devoção e por entre bocejos

de sono.

Deitou-se depois e adormeceu. Mas não tardou a ouvir bater à porta com muita força. E imediatamente, sem ele a abrir, vê diante de si seu companheiro de farras, mas desfigurado

e medonho.

Quem és tu? — perguntou aterrorizado.
Tu não me conheces? — respondeu o outro.
Mas como te mudaste tanto? tu pareces um demônio.
Ai, pobre de mim! — exclamou aquele infeliz, — que, ao sair daquela casa infame, veio um demônio e me sufocou. O meu corpo ficou no meio da rua, e a minha alma está no inferno.
Sabes, pois, acrescentou, que o mesmo castigo te tocava também a ti. Mas a bem-aventurada Virgem, pelo teu pequeno obséquio das Ave-Marias, te

livrou dele.

Ditoso de ti, se tu souberes aproveitar deste aviso, que a Mãe de Deus te manda por mim. Depois destas palavras, o condenado entreabriu a capa e mostrou as chamas e as serpentes que o atormentavam e desapareceu.
Então Ricardo, chorando copiosamente, com o rosto em terra, deu graças a Maria, sua libertadora. Enquanto pensava como mudar de vida, ouviu tocar Matinas no convento

dos franciscanos.

Logo pensou: É aí que Deus me quer para fazer penitência. E foi pedir aos frades que o recebessem. Cientes de sua má vida, não queriam eles aceitá-lo. Contou-lhes então entre lágrimas o que havia acontecido.
Dois religiosos foram à rua indicada, achando efetivamente o cadáver do companheiro, sufocado e negro como um carvão.
Depois disso foi Ricardo admitido e levou uma vida penitente e exemplar. Mais tarde foi como missionário pregar nas índias e em seguida no Japão, onde teve finalmente a graça de morrer mártir, queimado vivo por amor de Jesus Cristo.
*   *   *

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