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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A MORTE: O fim de quê? Começo de quê?

Com a morte tudo se acaba?
Sim, é verdade, com a morte tudo se acaba. Lá se vão as riquezas, as honras, o luxo, as glórias terrenas, e até nosso pobre corpo tão miserável se transforma num monstro asqueroso e horrível.
Vamos ao pó de onde viemos. Tu és pó e pó te hás de tornar. Seremos quanto ao corpo, nada, pó, um punhado de lodo.
Todavia, temos uma alma imortal, criada à imagem e semelhança de Deus, e esta não se acaba. É espiritual. Separa-se do corpo que ela vivificou, mas
não morre.
A morte não é mais do que a separação da alma do corpo. Então nem tudo se acaba na morte. Fica o principal, a alma.
Fica tudo – uma alma remida pelo Sangue de Deus.
Não somos um bruto que nasce, cresce, morre e desaparece num monturo para sempre.
Um amigo de Sócrates, o célebre filósofo grego condenado à morte, perguntou-lhe antes que o veneno da cicuta arrebatasse a preciosa vida:
- Tem algum desejo para que o cumpramos? Por ventura alguma disposição sobre o enterro?
- Que querem? Meu amigo, pensam então em me sepultar? Podem enterrar meu corpo, mas a mim não poderão sepultar.
Resposta de um pagão consciente de sua imortalidade:
E nós cristãos podemos com muito mais razão dizer: – sepultam nosso cadáver, nosso pobre e miserável corpo. Ficamos nós, porém, vivos e imortais. Não morreremos.
Não morre nossa alma. A imortalidade de nossa alma é uma verdade tão clara, que nunca houve povo tão bárbaro que nela deixasse de crer.
Repugna e revolta a nosso ser todo, a ideia estúpida do materialismo apontando-nos a sepultura e um punhado de pó como a única e última finalidade de nossa existência.
Com a morte tudo se acaba?
Sim, quanto ao corpo até a ressurreição da carne no dia do Juízo. E quanto à alma, então sim é que tudo começa. Começa a eternidade…
A vida passa depressa. Somos crianças neste mundo, sempre iludidos pelas bagatelas e loucuras do pecado. Andamos à caça de borboletas e ilusões.
Depois… depois… virá a hora da despedida de tudo quanto é terreno. E havemos de partir para a casa de nossa Eternidade.
Diz a Escritura: Irá o homem para a casa de sua eternidade.
Ora, morrer é, pois, ir para casa. Deus é Pai. Iremos, pois, então para casa de nosso Pai. Haverá coisa mais bela e mais consoladora? Como é bela a esperança cristã!
E como é horrível o materialismo a considerar o túmulo um punhado de lodo, o último e fatal destino de um homem!
E depois?
Depois, quando nossa alma se separar do corpo, o que constitui a morte, todos nós compareceremos no Tribunal Divino e seremos julgados. Omnes stabimus ante tribunal Domini nostri Jesu Christi! Que dia aquele e que hora tremenda a da Sentença!
Estaremos em face de duas eternidades: Céu ou Inferno! Post hoc judicium… depois da morte o Juízo. Daremos contas severas a Deus de tudo.
Nossa vida inteira se passou na presença do Senhor que tudo sabe e penetra até nos nossos mais secretos pensamentos. “Cada dia, escreveu Bossuet, cada instante a Justiça de Deus registrou nossas ações”.
Cada momento de nossa existência, cada respiração, cada batida de nosso pulso, se assim posso me exprimir, cada manifestação de nosso pensamento tem consequências eternas. E toda esta história sem igual nos será apresentada um dia.
Sim, toda a nossa vida, e até nossas mais secretas intenções  irão ao Tribunal de Deus, no dia e na hora que nossa alma se separar deste corpo de morte.
Quem é o Juiz? Deus Santo, a Santidade em essência, Deus que tudo sabe e tudo vê, Deus que num instante nos apresenta toda nossa vida, com seus pecados e misérias, bem como as obras que fizemos ou deixamos de fazer. Daremos conta também do abuso da Graça e dos pecados
de omissão.
Meu Deus! Meu Deus! Que tremendo Juízo nos está reservado! Que responsabilidade a do cristão em face da morte! Será a morte apenas um estúpido aniquilamento? Será uma podridão de verme numa sepultura, e nada mais além disto? Ó não, mil vezes não!
A morte é a porta da eternidade, ela nos lança despojados de tudo, sozinhos, com o peso de nossos pecados ou de nossas boas obras, na face do Senhor, do Juiz eterno dos vivos e dos mortos para sermos julgados.
Já meditamos seriamente nisto? Já pensamos a tremenda responsabilidade da vida? Entretanto, como se procede tão levianamente em face da morte! Que insensatos são os homens quando nem querem pensar na morte, e procuram se iludir para melhor viverem no pecado!
Daremos contas a Deus de nossa vida. Exame rigoroso de tudo… até de uma “palavra ociosa”, diz Nosso Senhor no Evangelho. E depois? Virá a sentença.
Duas eternidades: Céu e Inferno! Acreditam? Tanto melhor! Não acreditam? – Pois não deixará de existir o Inferno, nem o Céu deixará de ser a mais consoladora das realidades por que alguns materialistas ou cristãos degenerados não querem crer.
Iremos para a casa de nossa eternidade! Ibit homo a domum aeternitatis suae. Iremos sim mais cedo ou mais tarde. Estamos preparados? Preparados para o Juízo?
Então seremos salvos pela Divina Misericórdia se a morte não nos encontrou no pecado e na inimizade de Deus. Somos porém bem puros para comparecermos diante de Deus e entrarmos na vida eterna? Ai! Quanta miséria e fragilidade! E fizemos tão pouca penitência, neste mundo, dos nossos pecados! 
*   *   *
Fonte: ”Tenhamos compaixão das pobres almas” 

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