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domingo, 27 de dezembro de 2015

CARIDADE:

Isso, é imprescindível para ir ao Céu !!!

A Virtude da santa Caridade é a "veste nupcial" de que fala a parábola; e sem ela, ninguém pode ir ao Céu.
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Diz ainda a parábola do Evangelho que “entrando o rei para ver os que estavam à mesa, viu aí um homem que não estava vestido com a veste nupcial.

E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo a veste nupcial? Mas ele emudeceu.
Então disse o rei a seus ministros: “Atai-o de mãos e pés, e lançai-o nas trevas exteriores: aí haverá choro e ranger de dentes”.
São Gregório diz que “a veste nupcial significa a santa caridade. De modo que os católicos que pela fé são membros da Igreja, mas não possuem a caridade (isto é, não estão na graça de Deus) são semelhantes àquele homem que quis assistir às bodas, mas sem a veste nupcial”.

Por isso, no dia do juízo universal será pronunciada contra eles a mesma sentença daquele infeliz, e serão lançados ao inferno para sofrerem no corpo e na alma o tormento do fogo.

– E prouvesse a Deus que fosse pequeno o número desses cristãos insensatos que não põem as obras em harmonia com a fé!
Mas o mal está grassando em toda parte. E por isso o Senhor conclui o Evangelho com estas palavras: “São muitos os chamados e poucos os escolhidos”.
Meu amabilíssimo Jesus, agradeço-Vos o me haverdes chamado com tamanho amor ao banquete místico de Vossa Igreja e de me haverdes tolerado tanto tempo, apesar de não estar vestido com a veste nupcial.
Vejo, ó meu Senhor, que enquanto eu me esquecia de Vós, Vós não Vos esquecíeis de mim.
Pesa-me de Vos ter voltado as costas, e resolvido estou a dar-me todo a Vós e a levar uma vida conforme a santa fé que professo.
Porque esperar mais? Esperarei por ventura até que venha a morte e Vós me condeneis às trevas exteriores, a chorar juntamente com os réprobos?
Não, meu Jesus, não Vos quero mais desagradar; quero amar-Vos com todas as minhas forças para ter um dia parte em vossas núpcias celestiais na pátria bem-aventurada.
Ó Deus onipotente e misericordioso, ajudai-me com Vossa divina graça e “apartai de mim propício, todas as adversidades; para que, expedito na alma e no corpo, com liberdade de espírito eu cumpra o que é de vosso serviço”.
Doce Coração de Maria, sede minha salvação!

[Santo Afonso de Ligório]
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sábado, 26 de dezembro de 2015

INFERNO e/ou CÉU!

Todos terão uma casa para a eternidade… !

Uma vez no Inferno, a alma não poderá sair de lá, por toda a eternidade.
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“Ó eternidade” exclama Santo Agostinho, “ó eternidade! Quem pensa em ti e não se converte a Deus, perdeu a razão ou a fé”.

E São Cesário acrescenta:
“Ai dos pecadores que entram na eternidade sem a terem conhecido, porque se descuidaram de pensar nela!
Os desgraçados terão atraído sobre si dois males irreparáveis; o primeiro será caírem no abismo do fogo; o segundo, o não mais dele poderem sair durante toda a eternidade, porquanto a porta do inferno só se abre para dar entrada e não para dar saída”.
Não, os santos não fizeram demais internando-se nos desertos e em grutas, alimentando-se com ervas e dormindo no chão, afim de salvarem sua alma.
Não, diz São Bernardo, não fizeram demais, porque, em se tratando da eternidade, nenhuma precaução é exagerada.

– Quando Deus nos visita com alguma cruz de enfermidade, ou de qualquer outro mal, lembremo-nos do inferno, que temos merecido, e toda tribulação nos afigurará leve.

Digamos então com Jó: “Pequei e deveras delinqui, e não tenho sido castigado como merecia”.

Meu Senhor, tenho-Vos ofendido e traído tantas vezes, e não tenho sido castigado como merecia; como poderia, pois, lastimar-me quando me enviais alguma tribulação, a mim, que merecia estar ardendo nos abismos infernais?
– Suplico-Vos, meu Jesus: não me mandeis ao inferno, visto que no inferno não mais Vos poderia amar, mas Vos havia de odiar para sempre.
Despojai-me de tudo: das riquezas, da saúde; mas não me priveis de Vós mesmo.
Fazei que Vos ame e Vos bendiga sempre, e depois castigai-me, e fazei de mim a vossa vontade.
– Ó Mãe de Deus e minha Mãe Maria, pela vossa intercessão, que tudo obtém de Deus, impetrai-me a graça de ser todo d'Ele; fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo, vosso divino Filho.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A PRIMEIRA ÁRVORE DE NATAL:

Você conhece a história da primeira Árvore de Natal? Descubra aqui como ela surgiu:

São Bonifácio corta a árvore do falso deus "Thor".

Quando pensamos em um santo, talvez num primeiro momento não consideramos que essa pessoa seja ousada,
Empunhe um machado, um martelo ou que derrube árvores como os carvalhos. Entretanto, existe um santo assim: é São Bonifácio.
Este santo nasceu na Inglaterra por volta do ano 680.
Ingressou em um monastério beneditino antes de ser enviado pelo Papa para evangelizar os territórios que pertencem a atual a Alemanha. Primeiro foi como um sacerdote e depois como bispo.
Sob a proteção do grande Charles Martel, Bonifácio viajou por toda a Alemanha fortalecendo as regiões que já tinham abraçado o catolicismo elevou a luz de Cristo àqueles que ainda não o conheciam.
O escritor Henry Van Dyke o descreveu assim, em 1897, em seu livro The First Christmas Tree, (A primeira árvore de natal):
“Que pessoa tão boa! Que boa pessoa! Era branco e magro, mas reto como uma lança e forte como um cajado de carvalho.
Seu rosto ainda era jovem; sua pele suave estava bronzeada pelo sol e pelo o vento.
Seus olhos cinzas, limpos e amáveis, brilhavam como o fogo quando falava das suas aventuras e das más ações dos falsos sacerdotes aos quais enfrentou”.
Aproximadamente no ano 723, São Bonifácio viajou com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa Saxônia.
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“O Carvalho do Trovão”
Ele conhecia uma comunidade de pagãos perto de Geismar que, no meio do inverno, realizavam um sacrifício humano (onde a vítima normalmente era uma criança) a Thor, o deus do trovão, na base de um carvalho o qual consideravam sagrado e que era conhecido como “O Carvalho do Trovão”.
São Bonifácio, acatando o conselho de um bispo, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por um raio lançado por Thor.
O Santo e seus companheiros chegaram à aldeia na véspera de Natal, bem a tempo para interromper o sacrifício.
Com seu báculo de bispo na mão, São Bonifácio se aproximou dos pagãos que estavam reunidos na base do Carvalho do Trovão e lhes disse:
“Aqui está o Carvalho do Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o deus falso”.
O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno menino que tinha sido entregue para o sacrifício.
Mas, São Bonifácio estendeu seu báculo para impedir o golpe e milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a vida deste menino.
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Escutai filhos do bosque!
Logo, São Bonifácio disse ao povo:
“Escutai filhos do bosque! O sangue não fluirá esta noite, a não ser que piedade se derrame do peito de uma mãe. Porque esta é a noite em que nasceu Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade.
Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o Sábio, mais gentil do que Freya, o Bom. Desde sua vinda, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão, é a morte.
No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. Desta forma, a partir de agora vocês começarão a viver.
Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá sua terra. Em nome de Deus, vou destruí-la”.
Então, São Bonifácio pegou um machado que estava perto dele e, quando o brandiu poderosamente ao carvalho, uma grande rajada de vento atingiu o bosque e derrubou a árvore, inclusive as suas raízes.
A árvore caiu no chão, quebrou-se em quatro pedaços.
Depois deste acontecimento, o Santo construiu uma capela com a madeira do carvalho.
O “Apóstolo da Alemanha” continuou pregando ao povo alemão que estava assombrado e não podia acreditar que o assassino do Carvalho de Thor não tivesse sido ferido por seu deus.
São Bonifácio olhou mais à frente onde jazia o carvalho e assinalou um pequeno pinheiro e disse: “Esta pequena árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite.
Esta é a madeira da paz…
É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre verdes. Olhem como as pontas estão dirigidas para o céu.
Terá que chamá-lo a árvore do Menino Jesus; reúnam-se em torno dela, não no bosque selvagem, mas em seus lares; ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes amorosos e gestos de bondade”.
Desta forma, os alemães começaram uma nova tradição, a qual foi estendida até os nossos dias.
Ao trazer um pinheiro a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar o nascimento do Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o que hoje conhecemos como a árvore de Natal.

Fonte: adaptado de http://www.acidigital.com/

RETRATOS DE DEUS: Devemos ser!



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Sejamos retratos de Deus!

Não podemos viver profanando e manchando a imagem divina que trazemos em nossa alma.
Nosso dever é trabalhar em todos os momentos de nossa vida e com todos os auxílios que recebemos de Deus, para conseguirmos que esse retrato divino seja cada dia mais semelhante ao modelo que temos diante dos olhos.
O nosso modelo consumado é Jesus Cristo.
Quem é Jesus Cristo?
É o mistério da pobreza… Apresenta-se no mundo num estábulo.
Repousa sobre duras palhas num mísero presépio… Chama a si os pobres: com eles se ajunta e quer que formem a corte do novo reino que veio fundar neste mundo.
Quem é Jesus Cristo?
O mistério do trabalho… Encerra-se numa oficina e trabalha para comer o pão amassado com o suor do seu rosto…
Anda de cidade em cidade, espalhando a doutrina da verdade e a semente da perfeição. Ele mesmo afirma que não tem urna pedra para repousar a cabeça…
Quem é Jesus Cristo?
O mistério da verdade… Fala em toda a parte.
Fala das doutrinas mais elevadas. Trata dos problemas religiosos, os maiores que jamais foram tratados no mundo.
Ouvem-no seus inimigos, procurando surpreender nele algum erro… Não o conseguem. Ele é o único homem em cujos lábios jamais apareceu a sombra fatídica do erro e do engano.
Quem é Jesus Cristo?
O mistério do amor… Amou até á abnegado mais absoluta, amou até ao sacrifício, amou seus verdugos, seus inimigos, amou até fazer-se nosso alimento, amou até á morte da cruz…
Quem é Jesus Cristo?
O mistério da humilhação… Lavou os pés de seus discípulos.
Subiu a urna cruz e ali naquele madeiro, que era o patíbulo dos escravos, ali o contemplou a humanidade desnudo e abandonado de todos.
Quem é Jesus Cristo?
O mistério da obediência… Obedeceu desde o berço até o túmulo. Não se desviou nem um ápice do caminho que lhe traçou o Pai celeste.
Quem é Jesus Cristo?
É o mistério do poder… Contra ele se levantaram todos os partidos políticos de sua nação. Os que representavam a lei e a religião coligaram-se também contra ele.
Até seus amigos mais íntimos na hora da dor o abandonaram.
Estava só… Mas, afinal, triunfou de todos eles. Hoje, os que ontem o odiavam são pó e cinza levados pelo vento: Ele reina sobre os povos e sobre os corações…
Quem é Jesus Cristo?
É o mistério da glória… Triunfou da morte. Subiu aos céus.
Ali está sentado á direita de Deus Pai. Dali há de vir para julgar os vivos e os mortos. E a sua glória não terá fim.
Eis ai, em resumo, quem é Jesus Cristo.
Todos os Santos procuraram ser retratos perfeitíssimos desse Deus que, como diz S. Agostinho, para isso precisamente se fez homem, para que tivéssemos o modelo mais admirável de Deus.
Trabalhemos e copiemos as divinas virtudes que nele resplandecem.

Fonte: Associação do Sagrado Coração de Jesus

ORAÇÃO DO ÂNGELUS:

Toda a História do Natal em uma única oração: conheça a oração do Ângelus.


A Anunciação "e o Anjo anunciou a Maria". Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 – 1348)


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Ângelus: Em três pontos está condensada toda a História do Natal;
De uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se precisa acrescentar nada.
A oração do Ângelus é uma meditação a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída.
Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente, resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.
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Vejamos como é a História do Natal no Ângelus:
1º ponto: O Anjo do senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;
2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua vontade;
3º ponto: O Verbo Divino se encarnou e habitou entre nós. 
São três aspectos do Natal.
O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem.
O terceiro glorifica o fato do Verbo não só se ter encarnado, mas ter habitado entre nós.
Nesses três pontos está condensada toda a História do Natal de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada.
Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o anjo anunciava.
Esse é o maior fato da História da humanidade, e a maior honra para o gênero humano é o Verbo se ter encarnado e habitado entre nós.
Por isso, se tornou hábito na piedade católica, pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo, recitar o Ângelus.
Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito dessas verdades, e pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades.
Como fica bonito o Ângelus rezado pela manhã, no meio-dia e no fim do trabalho às 6 horas da tarde!
Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Ângelus também vai mudando de matizes:
Como é diferente entre o Ângelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Ângelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento.
A Igreja criou essa joia, que é o Ângelus, e a promove nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.
As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instinto do Espírito Santo para se fazer bem feitas. Nelas se encontra um mundo de harmonias.
No Ângelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos, literários, que não entra em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.
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Mil coloridos de um só vitral
Imaginem que o Ângelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República: decreto nº X mil e tanto: componha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos.
Viria uma oraçãozinha relâmpago, com uma bobagem qualquer, vazia, seca. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Ângelus.
Exatamente falta ao homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência, da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso de bem pensado, de bem sentido, de bem realizado, de bem rezado e, sobretudo, de bem acreditado.
Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da tradição da Igreja.
E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas depois das outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico.
Então, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.
O Ângelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista: cada um dá um dos mil coloridos de um vitral.
É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira joia.
Isso nos deve levar a ser cada vez mais devotos do Ângelus, não o omitindo em nenhuma ocasião, lembrá-lo em nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Ângelus.

[Plínio Corrêa de Oliveira]

NATAL: Nascimento de Nosso Senhor!

Prepare sua alma para o Nascimento de Nosso Senhor! 

Adoração dos magos - pintura de Domenico Ghirlandaio

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Repousais, Senhor, em vosso misérrimo e augustíssimo presépio,

Sob os olhos da Virgem, vossa Mãe, que vertem sobre Vós os tesouros inauferíveis de seu respeito e de seu carinho.
Jamais uma criatura adorou com tão profunda e respeitosa humildade o seu Deus. Nunca um coração materno amou mais ternamente seu filho. Reciprocamente, jamais Deus amou tanto uma mera criatura.
E nunca filho amou tão plenamente, tão inteiramente, tão superabundantemente sua mãe.
Toda a realidade desse sublime diálogo de almas pode conter-se nestas palavras que indicam aqui todo um oceano de felicidade, e que em ocasião bem diversa haveríeis de dizer um dia do alto da Cruz: Mãe, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua Mãe (cf. Jo. 19, 26).
E, considerando a perfeição deste recíproco amor, entre Vós e vossa Mãe, sentimos o cântico angélico que se levanta das profundezas de toda alma cristã:
“Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Luc. 2, 14).
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“Paz na terra aos homens de boa vontade”
O jogo complicado mas célere das associações de imagens me faz sentir imediatamente que em numerosas ocasiões no ano que finda ouvi falar de paz, e de homens de boa vontade.
Curioso… dou-me conta de que ouvi falar menos, e até muito menos, da glória de Deus no mais alto dos Céus. A bem dizer, disto quase não ouvi falar.
Nem mesmo implicitamente; pois implicitamente se fala da glória de Deus quando se afirmam os soberanos direitos d’Ele sobre toda a criação, e, por amor a Ele, se reivindica o cumprimento de sua Lei por parte dos indivíduos, famílias, grupos profissionais, classes sociais, regiões, nações, e toda a sociedade internacional.
Por que este silêncio, pergunto-me eu? Por que os homens querem tanto a paz? Por que tantos homens se ufanam de ter boa vontade?
E por que tão poucos são os que se preocupam com a glória de Deus, e se blasonam de por ela agir e lutar?
Em outros termos, o fato essencial do vosso Santo Natal, Senhor, seria só a paz na terra para os homens de boa vontade?
E a glória de Deus no mais alto dos Céus seria como que um aspecto colateral, longínquo, confuso e insípido para os homens, do grande evento de Belém?
Em outros termos ainda, a paz dos homens vale mais que a glória de Deus? A terra vale mais que o Céu? O homem vale então mais do que Deus?
E a paz na terra pode ser obtida, conservada e até incrementada sem que com isto nada tenha a ver a glória de Deus?
Por fim, o que é um homem de boa vontade? É o que só quer a paz na terra, indiferente à glória de Deus no Céu?
Todas estas questões convidam a uma detida análise do cântico angélico.
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Admirável profundidade de toda palavra inspirada!
Tão simples que até uma criança o pode compreender, o cântico dos Anjos de Belém encerra entretanto verdades das mais profundas.
Como é proveitoso, pois, nutrir o espírito com essas palavras, para participar devidamente das festas do Santo Natal!
Ajudai-nos, Mãe Santíssima, Sede da Sabedoria, com vossas preces, para que, iluminados pelas claridades que de Jesus dimanam, possamos entender o cântico angélico que é o mais perfeito e autorizado comentário do Natal.

[Plínio Corrêa de Oliveira]

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

MARIA IMACULADA, OBRA PRIMA DE DEUS!

Mãe de Deus e nossa:


Imaculada Virgem Maria
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Por Padre David Francisquini 
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“Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e chamou-as Maria.
Este grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu
próprio Filho;

E este tesouro imenso é Maria, que os anjos chamam o tesouro do Senhor, e de cuja plenitude os homens se enriquecem”.
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Ao considerar o universo em sua unidade e variedade, em sua perfeição e esplendor,

Em sua hierarquia harmônica e matizada, não se pode deixar de admirar nas criaturas a grandeza sem medida de uma ordem perfeita e equilibrada.
Na sua simplicidade e alvura, o lírio, por exemplo, foi enaltecido pelo divino Salvador, quando disse que nem Salomão em toda a sua pompa e majestade se vestiu como um deles.
O sol no seu esplendor faz as criaturas ser aquilo que elas são: um encanto inigualável para o próprio Criador, para os anjos e para os homens.  
A gota de orvalho, que não existiria ou não seria vista sem a luz, constitui um pequeno mundo de maravilhas, sobretudo quando repousam sobre graciosas e coloridas pétalas de rosa, que nenhuma troca amistosa de cortesias emula em beleza, leveza e graça.
O cristal puro e alvo, atravessado pelos raios do sol é capaz de transformar um ambiente num mundo de fadas.
Assim Deus, na sua infinita sabedoria, criou o mundo para cercar o homem de perfeições e de maravilhas que fossem luzes reflexas d’Ele e assim tributar-Lhe as devidas homenagens.
Em outro patamar da hierarquia encontram-se as pedras preciosas e semipreciosas, como o jaspe, a esmeralda, a ametista, o brilhante, entre outras.
Entre os metais, o ouro e a prata são símbolos que refletem realidades superiores, mais altas, mais nobres e distintas.
Em seguida, podemos contemplar as flores, as plantas, os arbustos e as árvores.
Em outro escalão as aves, os pássaros e tudo que enaltece a Deus e proclama a Sua magnificência dentro desta ordem inexcedível.
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A mais perfeita das criaturas
Há, entretanto, algo mais além, pois tal ordem foi posta por Deus para refletir a Sua obra-prima, Maria Santíssima.
Para utilizar linguagem figurada e simbólica, a Mãe de Deus é um oceano de perfeições e de graças por ser Ela quem é.
O grande devoto de Nossa Senhora, São Luís Maria Grignion de Montfort, ao descrevê-La assim se expressou:
“Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e chamou-as Maria.
Este grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu próprio Filho;
E este tesouro imenso é Maria, que os anjos chamam o tesouro do Senhor, e de cuja plenitude os homens se enriquecem”.
Convém ressaltar que Cristo, por ser Deus, não podia ter pecado original.
Maria Santíssima foi isenta do pecado por um especial privilégio outorgado pelo próprio Deus, por ter sido eleita para d’Ele se tornar Mãe.
Ao agir assim, a Santíssima Trindade fez o caminho inverso da primeira mulher que introduziu o pecado no Mundo por sua desobediência, dispondo que Maria fosse o contrário dessa mulher ao inocentá-La e isentá-La da nódoa do pecado original.
O que Eva perdeu por orgulho e desobediência, Maria conquistou pela sua humildade e obediência, merecendo que o próprio Deus fizesse n’Ela maravilhas.
O Anjo Gabriel chamou-a de “cheia de graças” e Santa Isabel, de “bendita entre todas as mulheres”.
A inteligência de Maria não se ofuscou, sua vontade não se enfraqueceu, e Ela nunca teve inclinação para o mal.
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Maria conquistou todas as graças…
E se tornou agradável a Deus.
E pelo privilégio singular de ter sido concebida sem pecado, nasceu imaculada – portanto, com o direito, por nascimento e por conquista, à prerrogativa perfeita de ser Mãe de Deus, para que seu Filho redimisse o gênero humano das consequências do pecado original.
Após afirmar que todos pecaram em Adão, São Paulo sustenta com fundamento que, na vontade de Adão, como chefe e cabeça do gênero humano, estavam todas as vontades.
Maria Santíssima, pertencendo à raça humana, pertenceu a uma raça pecadora, mas sem ter jamais pecado, pois Deus, por privilégio singular, A preservou no primeiro instante de contrair a nódoa original, já que era predestinada a ser a Mãe do Salvador do mundo.
Repugna ao próprio Deus conviver e ser gerado por uma mãe pecadora, pois Jesus Cristo deveria ser a coroa e a perfeição de todas as criaturas.
Por isso a iconografia representa Maria Santíssima esmagando a serpente infernal e tendo os braços abertos para indicar que Ela trouxe o Autor da graça, o Redentor divino que nos deu a redenção e abriu as portas do Céu.
No dia 8 de dezembro, o Papa Pio IX proclamou solenemente o dogma de sua Imaculada Conceição.

domingo, 6 de dezembro de 2015

SÚPLICA NAS ORAÇÕES: Importância

Veja como é importante a Súplica nas orações! 

Sem elas você perderia enormes bens:


É importante suplicar a Deus para se alcançar as graças necessárias à salvação.
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A necessidade da súplica na oração.

Por isso, como diz Santo Isidoro, em tempo algum o demônio sugere pensamentos vãos e terrenos à alma do que quando esta procura rezar e pedir graças a Deus:
“Quando o demônio nos vê rezar, procura com todas as forças distrair-nos com pensamentos fúteis”.
E por quê? Porque é justamente quando rezamos que mais recebemos os tesouros dos bens celestes.
O maior fruto da oração mental é fazer-nos pedir a Deus as graças necessárias à perseverança e à salvação eterna.
Este é o principal motivo porque a oração mental é moralmente necessária para se conservar a graça de Deus;
Pois, se alma não se recolhe no tempo da meditação para pedir os auxílios necessários à salvação e à perseverança, não o fará em outro tempo, porquanto fora da meditação não se pensa em pedi-los, nem mesmo se pensará na necessidade que há de pedi-los.
Pelo contrário, quem faz dia por dia sua meditação, conhecerá logo as necessidades de sua alma, os perigos em que se acha e a necessidade que tem de pedir.
Assim rezará e obterá as graças necessárias para perseverar e alcançar a salvação.
Falando de si mesmo, dizia o Padre Segneri, S.J., que, a princípio, se ocupava mais na oração de excitar afetos do que de pedir;
Mas, conhecendo depois a grande necessidade e a imensa utilidade dos pedidos, daí por diante nas muitas meditações que fazia se aplicava a fazer súplicas.
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domingo, 22 de novembro de 2015

AFASTAMENTO DA RELIGIÃO: Perigo na certa!

O demônio pede passagem – descubra como aos poucos ele foi se instalando na sociedade:


Mick Jagger - cantor da banda Rolling Stones.

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À medida que as pessoas vão se afastando mais e mais da verdadeira Religião,

Da devoção a Nossa Senhora, da recepção dos sacramentos, da vida de oração, da humilde aceitação do sacrifício, a presença diabólica vai se tornando mais densa.
Em alguns casos, poder-se-á chegar à consumação de pactos satânicos. O ambiente criado pelo mundo moderno é propício à ação diabólica.
Casos individuais de entrega ao demônio, sempre os houve na história da humanidade pecadora. Mas provocavam horror.
O que sobretudo preocupa nos nossos dias é uma certa aceitação social do fenômeno diabólico, uma falta de rejeição proporcionada à sua enorme gravidade.
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Rolling Stones
Anos atrás, o líder dos Rolling Stones, o veterano Mick Jagger, depois de dizer que não consegue viver sem suas tournées musicais, acrescentou:
“Um dia terei que pagar meu tributo ao diabo, como Fausto. Mas, por que vou deixar de desfrutar do sol de hoje para pensar nas nuvens de amanhã?”, ao jornal “Clarin”, de Buenos Aires (14-3-08).
A comparação com Fausto chama a atenção.
Fausto, personagem central de um romance de Goethe, é um intelectual desiludido com o mundo, que não consegue mais encontrar sentido para a vida e pensa em suicídio.
A solução vem de um demônio que se propõe acompanhar Fausto em sua vida terrena, satisfazendo suas vontades, em troca de sua alma. Fausto aceita, selando com seu próprio sangue um contrato.
Ainda falando de si mesmo, o roqueiro acrescentou enigmaticamente:
“A pessoa que sobe ao palco não é idêntica ao Mick Jagger real. Se eu aparecesse numa festa com minha personalidade do palco, me expulsariam aos pontapés”.
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É só a ponta do iceberg
Até hoje repercute a entrevista dada em março de 2008 pelo Dr. Tiziano Masini, Procurador Substituto da República, em Varese (Itália), que esteve encarregado de representar a Procuradoria no processo Bestie di Satana (Animais de Satanás).
Tratava-se de um grupo de satanistas jovens da província italiana de Varese, que esteve na origem de diversos assassinatos e suicídios rituais, com grande repercussão na Itália.
Explica o Dr. Masini:
O que se vê atualmente é apenas a ponta do iceberg. […] Eles se reuniam para celebrar missas negras e invocar as forças do inferno. […] Penso que seja fruto destes tempos em que estão em voga horóscopos, leituras esotéricas, magos e cartomantes.
[…] Creio que o fenômeno tem sido subestimado por alguns setores eclesiásticos. Acrescento que uma parte da Igreja […] permaneceu afastada do problema e despreparada”.
E prossegue:
Trata-se, sem sombra de dúvida, de um fenômeno preocupante e em expansão, muito mais do que parece. Uma das causas, tanto quanto eu pude constatar, é a desagregação da família.
A maior parte dos jovens processados provinha de núcleos familiares problemáticos devido a separações e divórcios. […]
Outra causa — sem falar da adoração do mal — são as más companhias. Os pais deveriam controlar mais e melhor as companhias dos filhos”.
Tendo atuado nas diversas fases do processo, o procurador Masini informa:
Todos os envolvidos – insisto, todos – mostravam inimizade e desprezo para com o cristianismo, e diziam falar a linguagem do anti-Cristo.
[…] Durante as audiências, falavam línguas estranhas, emitiam sons guturais indecifráveis e roucos, invocavam e nomeavam continuamente todos os demônios.
Ademais, blasfemavam contra Cristo e a Religião católica e diziam sofrer diante de imagens e objetos sacros.
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Rock in Rio: viagem às profundezas do Inferno
Hoje em dia, grupos satânicos promovem abertamente missas negras, como a realizada no Centro Cívico de Oklahoma (EUA);
Teatros apresentam blasfêmias de todo tipo, como a peça Jesus Cristo Superstar; a Ideologia de Gênero nega abertamente a ordem estabelecida por Deus na Criação;
O Rock in Rio de 2013 terminou com invocações satânicas; e assim por diante.
E, no recentíssimo Rock in Rio 2015, informa o site da UOL (26/9/2015): 
“Atração principal deste quinto dia de Rock in Rio 2015, a banda norte-americana Slipknot encerrou os shows desta sexta-feira (25) com uma viagem às profundezas do inferno “headbanger”.
[…] ‘Vocês não fazem ideia da honra e privilégio de estarmos aqui’, disse o vocalista Corey Taylor, com seu macacão negro.
Encapetado por luzes, percussões e imagens do capeta, representado por um boneco no palco e imagens projetadas no telão, o show foi acompanhado com energia exemplar.
Pulos, saltos, palmas, berros. O inferno de Dante Alighieri pintado em versão metaleira”.
E um filme há pouco lançado sobre exorcismos, explora de modo sensacionalista a ação diabólica. Além de jogos feitos através da Internet que pedem a vinda do demônio.
Tudo isso parece uma preparação. O demônio pede passagem. Quer se instalar.
Cumpre a nós cortar-lhe o passo. Como? Oração, devoção a Nossa Senhora, estado de graça, são os meios.

Gregório Vivanco Lopes
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