Tudo o que você sempre quis saber sobre a Imaculada Conceição de Maria:
1 – Maria Santíssima, como todo descendente de Adão, herdou a mancha do pecado original?
Não. Desde o primeiro instante da sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, Ela foi preservada imune de toda a mancha do pecado original. Por isso, a Igreja a chamam: Imaculada Conceição.
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2 – Este privilégio diz apenas imunidade de pecado (original e atual) e de desejos carnais?
Não. Maria Santíssima não somente foi preservada da mancha do pecado e da chama dos desejos carnais, mas, desde o primeiro instante de sua conceição imaculada, foi cumulada de graças por Deus, num grau incomparavelmente superior a todos anjos e homens. Por esse motivo o Anjo a saudou: “Ave Maria, cheia de graça”.
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3 – Maria Santíssima também foi remida pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz?
Sim. Maria Santíssima também foi remida pelos merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu divino Filho, só que de um modo especial e singular. Os merecimentos do Salvador tiveram por efeito não purificar sua Mãe, mas preservá-la do pecado que ela devia contrair como filha de Adão. Para Maria Santíssima, a Redenção não foi liberativa, mas preservativa.
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4 – Por que Maria Santíssima foi preservada do pecado original?
Porque foi escolhida para ser Mãe de Deus. O Salvador não poderia ter escolhido formar seu corpo adorável de uma carne que tivesse sido manchada com a nódoa do pecado. Santo Anselmo diz que Deus, conservando puros milhões de anjos no meio da ruína de tantos outros, não podia deixar de preservar da queda comum a Mãe de seu Filho e Rainha dos anjos.
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5 – A Imaculada Conceição de Maria é um dogma definido pela Igreja?
Sim, o Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, definiu solenemente como de fé católica a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, na bula Ineffabilis Deus:
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“Com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo, e com nossa, declaramos, pronunciamos e definimos: A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, ao primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isso deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.” (n. 41).
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6 – Esta verdade está, de fato, contida no Depósito da Revelação?
1) Na Sagrada Escritura:
a) “Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela (…) ela te esmagará a cabeça” (Gen. 3.15). Conforme a doutrina constante da Igreja, a “mulher” de que fala o Gênesis é Maria Santíssima, Mãe de Jesus, sua descendência. Nessa passagem são prenunciadas a comum inimizada e comum vitória total do Redentor e de sua Mãe Santíssima sobre o demônio. Ora, essas inimizades e essa vitória (Ela te esmagará a cabeça) supõem, não somente em Nosso Senhor Jesus Cristo, mas também em Maria Santíssima, uma total ausência de pecado, mesmo original.
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b) “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc.1,28). O sentido exato, da saudação do Anjo, “Ave Maria, cheia de graça” (kecharitoméne) é que Maria Santíssima nunca esteve sem a graça. Logo nunca esteve com o pecado.
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c) “Toda és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula” (Cânticos 4,7). A Igreja aplica estas palavras a Maria, Esposa castíssima do Espírito Santo e ainda estas: “Como a açucena entre os espinhos, assim é a minha amiga entre as donzelas.” (Cânticos 2,2).
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2) Na Tradição:
Expressa no ensino oficial da Igreja, na Liturgia, na pregação constante dos padres e doutores. A própria razão nos persuade desta verdade: Maria Santíssima é Mãe de Deus. Portanto, era sumamente conveniente à Santíssima Trindade que Ela fosse imaculada.
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Fonte: Catecismo de Nossa Senhora – resumo do livro “Maria ensinada à Mocidade – pequeno Catecismo de Nossa Senhora” publicado em 1915.
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